Aluna no curso de farmácia
ClMaMi- Em que consiste o seu curso?
B. Alves- O meu curso
consiste em imensas coisas! É um curso bastante variado e versátil. Os
farmacêuticos de hoje em dia estão aptos a trabalhar nas mais diversas áreas,
desde a indústria farmacêutica à alimentar, das análises da qualidade da água
às análises clinicas... Fazemos investigação em áreas muito distintas, pois
temos um conhecimento aprofundado tanto da Biologia, como da Química, e até da
Física. Trabalhamos em farmácias comunitárias (que é a nossa típica farmácia),
mas considero que, cada vez mais, está a deixar de ser típica. Já não é um
sítio onde se dispensam os comprimidos. É um sítio de aconselhamento e
acompanhamento do doente. Também trabalhamos na farmácia ao hospitalar que, de
uma forma resumida, é onde se fazem a mistura dos medicamentos e o doseamento
rigoroso do medicamento a dar a um doente.
ClMaMi- Porque o escolheu?
B. Alves- Escolhi o
curso em que estou exactamente por isso, porque é um curso que me leva para onde
quer que seja que eu quero ir (que ainda não sei bem). É um curso trabalhoso,
mas muito interessante. Não foi o curso que sempre quis, com que sempre sonhei,
mas também nunca tive nenhum outro que sempre desejasse. Portanto, quando
chegou a altura de escolher, este pareceu-me uma boa decisão. E agora que aqui
estou, tenho a certeza que o foi!
ClMaMi- O que a fascina na área da farmácia?
B. Alves- Tudo!
Fascina-me tudo! Gosto especialmente da forma como, nesta área, está tudo
interligado, a Química com a Física com a Biologia. Ainda estou a descobrir
aquilo de que realmente gosto mais, e aquilo que um dia, dentro do mundo da
farmácia, irei escolher.
ClMaMi- Acha que os medicamentos de
"hoje" são melhores que as receitas de "antigamente"?
Porquê?
B. Alves- Ainda não sou
uma especialista em medicamentos mas, na minha opinião (que vale muito pouco),
penso que os medicamentos actuais, em comparação às receitas caseiras de
antigamente, apresentam muitas vantagens. São mais específicos, mais eficazes,
de acção mais rápida e pensados especificamente para cada um de nós. Ou seja,
existem no mercado vários tipos de comprimidos para a gripe que nos podem ser
receitados consoante as nossas preferências ou limitações. As receitas de
antigamente são bastante generalistas! Não foram pensadas individualmente para
cada tipo de situação.
ClMaMi- Conhece algum medicamento caseiro?
B. Alves- Não muitas. O
xarope caseiro de cenoura com açúcar amarelo para a tosse, o chá de mel e limão
para a dor de garganta e constipações, e água das malvas para alergias na pele.
Claro que já ouvi falar de outras, daí ter dito na pergunta anterior que, às
vezes, as coisas correm mal, mas não sei bem como são.
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